quarta-feira, 3 de maio de 2023

Confesso que gostei

Foi um regabofe. Se as cenas indecorosas da semana transata no Ministério das Infraestruturas já o haviam sido - e é pena que assim tenha sucedido! -, que dizer da sucessão de intervenções de comentadores, Marcelo Rebelo de Sousa incluído, a prognosticarem nas várias televisões a “morte política” de mais um dos “jovens turcos”?

Quando, em direto, António Costa a todos mostrou aquele que os franceses designam como o “doigt d’honneur” decerto causou assinalável clamor, mas demonstrou ter a coragem de devolver o inquilino de Belém à condição de figura decorativa e a de afrontar toda a mafia mediática, que se aprestava a colocar na botoeira mais um ministro, que teriam levado ao tapete por exaustão.

Demonstrando um carácter, que pareceu faltar-lhe em ocasiões anteriores, quando permitiu de Marcelo imposições que, constitucionalmente, não lhe caberiam de direito, António Costa pode ter proclamado o ponto de viragem em que, contra quem o tem querido amesquinhar, não o poderão impedir de concretizar um programa que promete deixar o país, e sobretudo os portugueses, muito melhor do que estavam, quando a direita lhes infernizava a vida.

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