Não é preciso usar de grande argúcia para conjeturar que um teste de inteligência entre Lula e Bolsonaro daria um resultado eloquente: o vencedor deste domingo já passou por experiências de vida tão ricas, que dispõe de um amplo arsenal de ferramentas mentais para dar a volta às muitas dificuldades, que muitos prenunciam vir a encontrar nos próximos anos. Nomeadamente sobre os pretéritos limites de transigência com certos interesses empresariais, que deram aos inimigos o ensejo de o quererem enterrar em vida. Pelo contrário o derrotado não tem como disfarçar: é burro mesmo!, e isto sem desprimor para os simpáticos jericos, sem culpa alguma por os associarem a características, que não são verdadeiramente as suas. Fenómeno fátuo, que se esgotará nessa menoridade intelectual, Bolsonaro depressa se verá abandonado pelos que o promoveram a marioneta dos seus interesses, substituído por um outro qualquer fantoche, que melhor se preste a ser-lhes fiel capataz.
Não tenho dúvidas quanto à consciência de Lula sobre essa inevitável mudança de maquilhagem nos inimigos de sempre. E em como para ela melhor se preparará sem se iludir com a aparente cordialidade, quando o quiserem levar a repetis os erros do passado. Não se menospreze o que entretanto aprendeu esta velha raposa.
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