terça-feira, 15 de novembro de 2022

O Tavares até treme perante o anunciado fim do capitalismo!

 

1. A desonestidade intelectual de João Miguel Tavares não tem limites. É assim que, decerto sem corar com a falácia defende, com unhas e dentes,  o capitalismo e a economia de mercado como “responsável pelo maior período de prosperidade e de erradicação da pobreza de toda a História da humanidade.”

O mundo que o cronista do “Público”, mesmo com óculos, vê não é o mesmo que nós constatamos existir, avaliadas as desigualdades entre quem quase tudo tem e quem morre de fome, entre quem polui sem freio e quem sofre as consequências climáticas, que inundam as terras onde vivem milhões e destroem as respetivas colheitas.

Assustado com os slogans anticapitalistas dos jovens que, por estes dias, exigem um mundo diferente, o autoinvestido porta-voz dos interesses dos endinheirados, veste-se de cátedra e aconselha quem se revolta a fazê-lo mansamente, sem nada mudar no essencial.

Azar o dele: como dizia Gedeão, o mundo pula e avança, por um lado havendo quem o queira manter na tal autoestrada para o inferno de que fala Guterres, mas também quem anseie por algo completamente diferente quanto a liberdades, igualdades e solidariedades entre os povos.

2. O livro hoje apresentado por Marques Mendes e, que um «jornalista» do «Observador» escreveu a mando do antigo governador do Banco de Portugal, é a demonstração eloquente d erro de casting que constituiu a sua nomeação por Fernando Teixeira dos Santos na altura em que o governo de José Sócrates tudo fazia para agradar à direita e evitar dela a certidão de óbito que se seguiria.

Ter alguém, que deveria ter pautado a conduta pelo crivo apartidário mais rigoroso, e afinal aposta em atirar lama ao atual primeiro-ministro numa atitude de despeito, que é ao mesmo tempo a de criar a cortina de fumo com que se quer esconder a propósito dos bancos falidos durante o seu mandato - em particular o grupo Espírito Santo - demonstra a mesquinhez e a cobardia de quem aposta em manchar a reputação alheia para ver se a sua sai menos embostelada.

3. A Guerra Fria continua dentro de momentos. É o que se depreende da fotografia para papalvos, que Joe Biden e Xi Jinping protagonizaram em Bali, como se um e outro não tenham em mente as respetivas ambições: um a ver se o seu domínio imperialista se mantém incólume, o outro ansioso por se ver na postura jupiteriana do rival.

Está prometido diálogo para o futuro? Assim será até uma Nancy Pelosi dê a Taiwan o aval de uma defesa, que Pequim logo porá em causa, ou que um míssil norte-coreano acerte por acaso numa qualquer cidade japonesa ou do vizinho do sul e as esquadras e silos de lançamento de ogivas nucleares passem subitamente ao estado de prontidão para entrarem em ação. 

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