segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Quem mais ganha com a guerra na Ucrânia?

Em julho de 2008, na época da crise dos subprimes, que viria a condenar o governo de José Sócrates perante os subsequentes condicionalismos da economia internacional, o barril de petróleo atingiu os 147,5 dólares.

Hoje, face à sucessiva valorização do dólar comparativamente ao euro, o mesmo barril, agora nos 96 dólares, custa-nos bem mais caro do que então. Mas vá-se lá explicar isso aos jornalistas - ignorantes? mal intencionados? as duas coisas? - que as suas direções editoriais mandam para as bombas de combustíveis e delas regressam com inflamados testemunhos de condutores, que culpam o governo por «nada fazer».

Não seria deontologicamente avisado, que os telejornais servissem para fazerem pedagogia e explicassem a responsabilidade da guerra na Ucrânia e da agressiva política monetária da Reserva Federal Americana na imposição de preços tão altos nas gasolinas, nos gasóleos e no gás natural?

Para além da redução da carga fiscal - que já decretou! - António Costa pouco mais poderá fazer. Porque a culpa pode e deve ser dividida entre quem teima em prosseguir a guerra - Putin e Zelenski - e, sobretudo, quem dela sai como principal beneficiário, nem que para tal não cesse de lhe atirar com mais óleo para cima!

Sem comentários:

Enviar um comentário