O escândalo das nomeações dos novos administradores da Caixa Geral de Depósitos atingiu tais proporções, que nem os mais condescendentes dos articulistas para com o governo conseguem evitar críticas explicitas.
É o exemplo do que escreve Fernando Madrinha na edição de hoje do «Expresso»:
A Caixa Geral de Depósitos, que o primeiro-ministro tanto queria privatizar quando apenas sonhava chegar ao Governo, está mais nacionalizada do que nunca. Dê-se à palavra «nacionalizada» o pior sentido possível: controlada por amigos fiéis dos dois partidos do poder.
É que, até agora, ainda se procurava um equilíbrio entre Governo e Oposição, que justificava a nomeação de um administrador conotado com esta última para presidir ao banco estatal. Faria de Oliveira, por exemplo, foi nomeado por José Sócrates, muito por ter sido ministro de Cavaco Silva.
Agora é o despautério total sem sequer tomar em consideração as práticas anteriores.
Estamos, pois, falados quanto às mudanças éticas, que Passos Coelho se propunha implementar!
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