São muitos os comentadores, que vêm alertando para os riscos inerentes à acelerada privatização de grandes empresas nacionais dada a incapacidade de quem detém capital em Portugal para se apossar de tais activos e potenciá-los de acordo com os interesses do país. Explica Murteira Nabo no seu artigo de ontem no «Diário Económico». os grupos nacionais, além de pequenos, encontram-se hoje descapitalizados e incapazes de concorrer no desafio que se avizinha de poderem vir a ser controladores das maiores empresas portuguesas.
Irá, pois, ocorrer um inevitável enfraquecimento dos centros de decisão nacional. Com grave prejuízo da nossa economia, porquanto o valor criado tenderá a volatilizar-se para outros espaços económicos: É sabido que uma das primeiras decisões que, nestas circunstâncias, os grandes grupos tomam é o de maximizar as sinergias de grupo, reduzindo ao mínimo o valor acrescentado retido no país onde operam.
Aqui se sugere o quanto a opção ideológica por um capitalismo sem regras, nem protecções, porá em causa a exequibilidade autónoma do nosso país. Condenado a uma espécie de colonização económica, que demorará bastante a libertar.
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