quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Muito mais do que a banalidade do mal

 

Os debates do figurão da extrema-direita com Paulo Raimundo e Mariana Mortágua fez-me lembrar a conhecida fórmula de Hanna Arendt  sobre o Mal para nele não colar a caracterização de banal. Porque toda a sua “argumentação “ é um somatório de incoerências, mentiras e falta de quantificação do que custariam as suas “propostas”.

Ciente de ter uma plateia de apoiantes incapazes do exercício crítico de reverem as suas posições, só os podemos segmentar em dois campos distintos: há os que o apoiam por saberem-no provedor dos seus interesses - razão para contar financiadores entre os Champallimauds, os banqueiros e os especuladores imobiliários! - apostando na capacidade para lhes proporcionar ainda maiores lucros. E existem os outros, aqueles que dir-me-ão ser imprudente qualificar de mentecaptos, mas, hélas, é o que são. Porque, em grande parte, seriam os maiores prejudicados pelas políticas do Chega se elas tivessem oportunidade de ser implementadas numa dimensão governativa.

Dá para concordar com quantos dizem demonstrar-se o fracasso das nossas políticas educativas no facto de, passados cinquenta anos sobre o 25 de abril, um partido desta (contra)natureza alcançar a dimensão dos dois dígitos na percentagem dos que o apoiam.

Para o debate de hoje estou confiante que Pedro Nuno Santos terá colhido lições dos debates anteriores para melhor menorizar Ventura no quanto a manipulação do(a)  moderador(a) permitirem. Mas até essa armadilha ele saberá desarmar... 

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