terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Dois parlapatões à solta

 

Sujeito a rude prova o meu estômago conseguiu suportar estoicamente o debate entre Montenegro e Ventura. Sem pastilhas para mitigar a acidez, os meus sucos antidireitas portaram-se valentemente e aguentaram as execráveis posições de um e de outro, feitas de mentiras, demagogia e pérfida intenção de deitar para o lixo tudo quanto de bom os portugueses conseguiram nestes últimos oito anos e impedir o que está em curso para corrigir a rota do que tem corrido menos bem.

O fanfarrão da extrema-direita confirmou o que se sabe: malcriado vale-se da credulidade de quantos querem acreditar no Pai Natal para mitigar as suas dificuldades e frustrações por não terem como aceder a uma qualidade de vida propiciada por esta sociedade de consumo só para os outros. Quanto a Montenegro percebeu-se que aspira ganhar as eleições reduzindo a influência eleitoral do putativo parceiro, negando-lhe essa condição. O implícito apelo ao voto útil passou-lhe como estratégia prioritária para fundamentar os seus objetivos.

Pessoalmente só posso reiterar o espanto por haver tanta gente decente disposta a pôr o votinho nestes dois parlapatões. Quando tem, em alternativa, a demonstração prática sobre o que é uma política séria capaz de aumentar os rendimentos das famílias sem usar a carta da austeridade.

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