sábado, 10 de fevereiro de 2024

Do indesejável protagonismo de um moderador

 

Olhando para o debate entre Pedro Nuno Santos e Rui Tavares pode-se dizer que quem mais o determinou foi o moderador, que esteve sistematicamente a interromper o líder socialista e a querer passar a ideia demagógica dele só propor mais do mesmo como se este não tivesse produzido, e estivesse em vias de gerar melhores resultados. Exemplo disso foi o caso da Habitação em que quis passar a ideia de nada ter sido feito, quando tanto do que se programou já está em execução e a ser construído.

Melhor exemplo dessa parcialidade foi o início do debate quando José Adelino Faria quis obrigar os dois entrevistados a comprometerem-se com o apoio ao governo do PSD nos Açores - e no Continente se se repetir situação similar! - para o livrar da chantagem do Chega. Quando nunca tal atitude se viu quando o PS ganhou as eleições em 2020 e nem sequer foi convidado a formar governo. Razão mais do que legítima para o Partido Socialista ter a posição de ir para o governo se o conseguir formar e liderar a oposição se tal não suceder.

Em suma estamos num modelo de debates em que os dois políticos em liça até têm muito a dizer - o que não sucede com os das direitas - mas disso ficaram impedidos pelo “intervencionismo” de quem deveria situar-se numa posição de neutralidade imparcial. Mesmo que a favor de quem deste estava ausente...

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