sábado, 4 de fevereiro de 2023

Homens com evidente falta de caráter

 

Não são muitas as vezes em que concordo com Pedro Marques Lopes, ou não haja uma enorme distância de valores entre a sua perspetiva ideológica de direita e a minha. Mas não posso estar mais de acordo, quando manifesta o enorme espanto por Durão Barroso - que já se revelava indisfarçavelmente medíocre quando partilhávamos os corredores do Liceu de Almada entre 1971 e 1973 - ter-se alcandorado a primeiro-ministro de Portugal, presidente da Comissão Europeia e, enfim, a alto quadro da Goldman Sachs. No seu caso o célebre princípio de Peter foi em muito demonstrado por excesso!

Mas se lhe faltava a inteligência, tinha de sobra a manha dos oportunistas, que sobem alto quando procuram dar satisfação às ambições arrivistas. E prova-se que, tão-só quem o teve, e tem, por marioneta o soubesse obsequioso para com os seus objetivos, levá-lo-ia ao colo enquanto se lhes revelasse útil. Ora, Durão Barroso, no papel de mordomo da célebre cimeira dos Açores, logo lhes mostrou ser de tudo capaz para engordar lautamente em quilos a barriga e em euros, ou dólares, as contas bancárias.

Que a Universidade Católica lhe tenha agora dado um doutoramento honoris causa só indigna uma instituição, que deveria ser mais exigente com quem reconhece méritos para tal honra.

Pedro Marques Lopes vai, porém, mais longe, ao equiparar a falta de qualidades dessa inenarrável personagem com a de Carlos Moedas, que lhe vai tentando replicar as estratégias, ambicionando chegar a idênticas mordomias. Os vários exemplos da sua atuação enquanto presidente da câmara de Lisboa no último ano já o dão como um inegável flop, mesmo para muitos que nele votaram então. Um sujeito que procura assacar a outrem as culpas, que são apenas suas, bem patenteia o tipo de (falta de) carácter, que o norteia. 

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