segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Um pífio coelho tirado da cartola

 

1. Nem o que Ana Sá Lopes designou como «coelho tirado da cartola» livrou Marcelo da angústia do ilusionista de súbito confrontado com a perda de interesse dos espectadores pela sua «magia». Embora se quisesse iludir com o jantar à beira Tejo e um gelado em Cascais, em pífias tentativas de interligar-se ao »publicozinho», só confirmou a angústia perante uma segunda metade do mandato presidencial, que António Costa se voluntariza para ver concluído com a dignidade possível. Porque, para além das contínuas viagens ao estrangeiro e das selfies tiradas com meio país, nada se recordará dos mandatos deste presidente, candidato ao cargo por mera satisfação narcísica sem qualquer Visão para um país sobre que nada decide (nem saberia decidir!), a não ser a desastrada tentativa de livrar a Igreja Católica das labirínticas contradições. Tanto mais que é surdo aos conselhos dos que pedem contenção na vontade destemperada de comentar a espuma dos dias. Competindo com os que vão fazendo disso vida nos telejornais e com igual falta de gravitas!

2. Quanto ao convidado da família de Agustina para “abrilhantar”(?) o lançamento das comemorações do seu centenário de nascimento fica a confirmação quanto ao que desejaria: a redenção do sinistro passado através da cadeira presidencial. Mas nenhuma ideia lhe iluminando a cabeça (lembremos que apenas se quis fanatizado cumpridor dos ditames da troika), deve animá-lo aquela personagem cinematográfica, que dizia umas parlapatices sobre jardinagem e acabava inquilino da Casa Branca. O problema com este coelho é nem sequer lhe sobrarem palavras sobre plantas, porque apenas no silêncio se defende para alimentar uma ambição que, a exemplo do seu agora promotor, apenas tem a ver com o medíocre ego.

3. Agustina mereceria mais do que estes convidados que a família convocou para a sua festa. Reconheça-se-lhe que escrevia bem, embora fique por saber que papel era o do marido, prestimoso revisor dos seus textos. E, por outro lado, as histórias nos morgadios do Douro têm um cheiro a mofo que, manifestamente, estão destinadas a merecido olvido. A exemplo destes seus conjunturais admiradores! 

1 comentário:

  1. Mais uma tentativa falhada para reescrever a História recente do país!
    Muitos de nós soubemos do "puxão de orelhas" que, o Láparo levou na sua ida à
    reunião do PPE, dado publicamente por Merkel por ter votado contra o PEC IV,
    sabotando o plano acordado por José Sócrates com a UE sem intervenção do FMI!
    Aliás, a direita continua a tentar culpar o PS por uma "bancarrota" que, não se ve-
    rificou ... ainda hoje fala nisso sem reconhecer as culpas do PSD na formação da
    santa aliança que derrubou o Governo e abriu a porta à vinda da Troika de má memória!!!

    ResponderEliminar