terça-feira, 25 de outubro de 2022

Cinco perguntas com algumas hipóteses de respostas

 

1. Sou eu que ando distraído ou o presidente Marcelo, sempre tão pródigo em comentários sobre tudo e coisa nenhuma, ainda não revelou o seu pensamento sobre as centenas de timorenses, que vieram buscar a concretização do seu imprudente convite no nosso cantinho, quando por ali perorou sobre os nossos encantos? Alguém é capaz de aconselhar o personagem a ter tento na língua, porque as suas palavras podem ter trágicas consequências?

2. Alguém consegue negar a relação causa-efeito entre a demissão de Liz Truss e a de Cotrim Figueiredo à frente da Iniciativa Liberal? É que uma coisa é fazer uns cartazes aldrabões sobre supostos paraísos, que adviriam de certas ideias, outra a de explicar porque elas esboroaram tão repentinamente tão-só manifestada a intenção de as levar à prática!

3. E quem poderá explicar a Paulo Rangel, que não vale tudo, quando se trata de fazer política com o que serão os interesses do país? É verdade que o eurodeputado reage pessimamente aos sucessos diplomáticos de António Costa junto dos colegas europeus, mas somar inverdades com conjeturas infundamentadas em nada abona a um político, que se tem desculpabilizado por discriminação positiva quanto às suas opções íntimas, mas para que se perde facilmente a paciência, quando entra numa histeria sem nexo.

4. E o que terá levado Ricardo Araújo Pereira a fazer de Pedro Nuno Santos o bombo da festa do seu programa dominical?

Que a direita tem um ódio de estimação ao ministro das Infraestruturas já o sabíamos, porque poderá vir a ser ele quem mais a acantonará nos labirintos da sua mesquinhez ideológica. Mas que o humorista, conotado com o PCP, se preste a tão submisso preito aos interesses do patrão da SIC só confirma que ele próprio se vai rebaixando sem qualquer hipótese de remissão.

5. E voltando à tão singular Inglaterra numa altura em que o genro de um multimilionário indiano se prepara para a deixar afundar mais um pouco à sombra dos efeitos do Brexit: faltará muito para voltarmos a ver Boris Johnson a demonstrar que a História repete-se sempre duas vezes, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa? 

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