quarta-feira, 28 de setembro de 2022

(Mais) um homem sem qualidades!

 

Torna-se óbvia a intenção de Luis Montenegro em deitar-se com André Ventura agora e no futuro, ciente de só assim cumprir o sonho de lapidar exemplo de homem sem qualidades mas, por mera vaidade, decidido a comprovar - se o deixarem! - a pertinência do princípio de Peter.

Se como líder parlamentar trauliteiro, Montenegro já era mau, embora competente na retórica de advogado de qualquer Diabo - e se Passos Coelho o era! - não melhorou nada com a ascensão ao topo do PSD. Nenhuma ideia se lhe conhece, capaz de melhorar a vida dos portugueses, mas tudo aposta numa reiterada emissão de verborreia oportunista caracterizada por incluir tudo quanto os mais influenciáveis possam querer ouvir. Mesmo parecendo abarcar tudo e o seu contrário!

No arrivismo poderá equiparar-se a um olvidável antecessor que, um dia, disse não saber quando chegaria a primeiro-ministro, certo de o vir a ser. Quando isso aconteceu, sentiu quão pequenino se sentia para enfrentar os problemas com que o país então se confrontava, e aproveitou a primeira janela de oportunidade (aberta quando se acotovelou com Blair nos béu-béus a George W. Bush no convencimento das armas que Saddam nunca teve!) para dar às de vila-diogo até Bruxelas. Onde só teve de cumprir, do outro lado da mesa, a vocação de lobista, que lhe estava no sangue. Mas sempre confirmando a tal falta de qualidades para se arvorar a tão altos voos.

Desconfio que Montenegro não chega aos calcanhares de Barroso no menear de ancas para melhor se chegar à frente de todos os demais: não consegue ser tão sonso, tem menos conhecimentos sobre os que pensaram substantivamente a política e encontra-se numa época em que tendem a ofuscar-se os que vivem o seu grande momento com a vitória de Meloni em Itália, mas condenados a por ela serem arrastados, quando os eleitores concluírem o quão se terão iludido com pálido gato, que julgaram ser lebre.

Ao avançar com argumentos escabrosos - comparar a extrema-direita fascista aos partidos à esquerda do PS como se se equivalessem quanto aos valores constitucionais - e adivinhar-se-lhe mais iniciativas como a que pretendeu eleger um apaniguado de Ventura em vice-presidente da Assembleia da República, Montenegro já demonstrou a falta de escrúpulos, que o move quando se trata de querer abocanhar o apetecido pote.

Perante os primeiros sinais que dá nas novas funções só é pena, que António Costa lhe dedique imerecida deferência. Maior razão tinha Pedro Nuno Santos, quando parecia apostado em trata-lo abaixo de cão! Que outra atitude não se justificaria, mesmo para descontentamento dos “comentadeiros” do costume, que se lhe igualam em nulidade e bazófia. 

1 comentário:

  1. Um basico... o homem coitado nem sabe o q de responder aos jornalistas

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