quarta-feira, 16 de julho de 2025

Pela Dignidade e o Humanismo em Loures e Amadora

 

É com indignação e sentido de urgência que me associo à voz de mais de uma centena de socialistas – entre deputados, antigos governantes, militantes e simpatizantes – para repudiar veementemente o abate de barracas nos concelhos de Loures e Amadora sem que fossem criadas alternativas habitacionais dignas para as famílias desalojadas.

Como militante do PS, reitero a posição que assumi desde o primeiro momento: este tipo de política contraria frontalmente os princípios socialistas e, mais amplamente, os de uma visão humanista da sociedade.

O Partido Socialista sempre teve como pilar a defesa dos mais vulneráveis e a garantia de condições de vida dignas para todos. A habitação é um direito fundamental, não um privilégio. Assistir à demolição de lares, por mais precários que sejam, sem oferecer uma solução habitacional que assegure a dignidade humana, é uma falha grave que não podemos ignorar.

Não se trata apenas de uma questão de infraestruturas, mas de pessoas, de famílias, de crianças que veem o pouco que têm ser-lhes retirado, ficando à mercê da incerteza e da exclusão social. Onde está a solidariedade que tanto apregoamos? Onde está o apoio social que deve ser a marca da nossa governação?

Exige-se que as entidades competentes revertam estas decisões e deem prioridade à criação de alternativas habitacionais que respeitem os direitos humanos e a dignidade das pessoas afetadas. É imperativo que se encontrem soluções justas e humanas, que passem pela integração e não pela segregação.

O socialismo constrói-se com base na equidade, na justiça social e no respeito pela dignidade de cada indivíduo. Não é admissível que ações como estas manchem o nosso percurso e contradigam os ideais pelos quais lutamos. Impõe a própria Constituição: nenhuma família deveria ficar sem teto e sem esperança.

1 comentário:

  1. Há outra alternativa: o repatriamento. Vejamos: construir uma casa fica, digamos, em 100 mil euros. Com esse dinheiro, fazendo uma viagem a 500 euros, consigo mandar de volta à origem 200 que vieram para cá a convite do amigo Costa. E ainda faço poupanças futuras nos apoios sociais.

    Quer dizer, o obrigado António Costa abre as portas de par em par, chegam e não têm como se sustentar. Como não podem ir para a Lapa ou para as avenidas novas montam tenda no subúrbio, e é esta câmara, que não os pediu, que não sabe o que fazer com eles, que lhes deve dar casa e saneamento básico. Batam à porta do Moedas. Pode ser que ele lhes arranje casa na Misericórdia. Afinal de contas é em Lisboa que "criam riqueza ".

    E não, ao contrário do que diz Helena Roseta, não há despejo. Não há despejo porque não há casa. Se eu montar uma barraca em frente da Assembleia da República e a polícia correr comigo está a despejar-me?

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