sexta-feira, 29 de novembro de 2024

O ridículo ainda não mata

 

Se o ridículo matasse estaríamos por esta altura a terminar a semana com as cerimoniosas exéquias, que sepultariam Montenegro, e seus figurantes na patética conferência de imprensa sobre a (in) segurança, que até aos mais desvelados apoiantes causou incómodo.

Já sabíamos que este governo mente descaradamente (e aí estão os números dos alunos sem professores para o demonstrar!), assume como seus os méritos herdados do governo anterior (e lá temos de lembrar os planeados milhões para reequipar as polícias!) e é incapaz de tomar uma decisão acertada para resolver os graves problemas percecionados pelos cidadãos em relação à saúde, à educação e à habitação, que só se agravaram nestes últimos meses.

Beneficiados com esta desgovernação só os interesses privados, que têm-se servido do Estado para nele colocar os seus lobistas e, através deles, somar decisões com reflexos muito positivos nos seus já lautos rendimentos.

Na estratégia de comunicação Montenegro vai cumprindo os conselhos dúbios de quem presume ser possível enganar com papas e bolos quem o levou ao poleiro. Que assim não é revelam-no muitos comentadores da sua área de influência, que não se coíbem de dar como imprestáveis algumas das figuras por ele convidadas para lhe servirem de corte. As desigualdades vão-se agudizando, as expetativas de melhor qualidade de vida evaporam-se, adiando-se para o dia de são nunca mais os anseios tangíveis nas gerações dos pais, e até dos avós.

É certo que as sondagens ainda não refletem a viragem á esquerda, que as frustrações sociais justificariam, mas, atrás de tempos, tempos vêm. E, com tanta incompetência e falta de Visão para quem olha para o futuro e não o discerne para além do manto de nevoeiro atual, o deste governo terá inglório e apressado final anunciado...

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