terça-feira, 14 de novembro de 2023

Exaltante e inspiradora continuidade

 

O dia treze foi aziago para as direitas, que viram o caso da suposta corrupção do governo de maioria absoluta ruir como um castelo de cartas por inacreditáveis falhas nas alegações (confusões entre quem era falado em escutas ou invocação de portaria afinal sem nexo com o que se lhe pretendia associar) e por elas carecerem de substância, que justificassem tão grande alarido. Como dizia o advogado de um dos arguidos devolvidos à liberdade a montanha não pariu um rato, mas uma formiga, confirmando-se existir um ministério público sem pejo em derrubar um governo legítimo, causar dano reputacional a quem  não merecia tão injustificada ação e, na cegueira ideológica antissocialista, mandar às malvas a estabilidade que a conjuntura internacional não recomendaria pondo em causa o investimento estrangeiro em Portugal ao dar sinal a quem a ele seja tentado que, aqui, há quem na (in)Justiça indicie como crime quem procure implementar negócios irrepreensíveis.

Se as direitas pretendiam agitar o papão da corrupção o juiz, que decidiu em desfavor de quem nem sequer chamara a colaborar a única polícia com competências para investigar os crimes económicos - a Judiciária -, veio lembrar que nem sempre há um cúmplice de Mação disposto a avalizar o que não merece nenhuma credibilidade.

Mas o dia treze foi ainda mais indigesto para as direitas, porque a apresentação da candidatura de Pedro Nuno Santos foi exaltante no conteúdo, inspiradora do entusiasmo com que a generalidade dos socialistas, militantes ou simpatizantes, se entregarão ao trabalho de o tornar no próximo primeiro-ministro de Portugal.

Assumindo como seu o legado profícuo dos quase oito anos de governo de António Costa, potenciando-o com renovadas políticas que tenham em conta os erros cometidos e os substituam por correções virtuosas, o orgulhoso filho de São João da Madeira revelou-se portador de um brilhantismo intelectual e de uma visão de futuro, que tornam pífias as medíocres reações de Montenegro, Rui Rocha e Ventura, meras formigas perante a avassaladora montanha, que se perfila no horizonte...

1 comentário:

  1. Queria expressar minha gratidão por sua postagem bem pesquisada e eloqüente.

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