sábado, 4 de novembro de 2023

Causa Pública, um think tank a merecer a nossa atenção

1. Em 28 de outubro decorreu o primeiro fórum de debates do Causa Pública, novo think tank apostado em agitar as hostes das esquerdas,  porque orientado para a construção de um projeto político superador da atual estratégia governativa de limitar-se a gerir o presente.

Reduzir as desigualdades contestando a ideia de reduzir a dívida a qualquer preço, antes aplicando esta na produção do futuro, é o objetivo de quem se associou a este projeto, que toma como exemplo positivo o verificado na vizinha Espanha. Pedro Sanchez tem governado em coligação com o Somar, coligação das esquerdas que lhe têm imposto o rumo aqui prometido pela Geringonça e, infaustamente interrompido por culpas de parte a parte entre um PS, que não associou os parceiros para o efetivo exercício de responsabilidades governativas e por estes últimos, que não se conseguiram curar das tendências sectárias.

Com esta nova associação há quem espere - e eu incluo-me nos que nisso a apoiarão! - ver o país a transformar-se à conta das soluções nela discutidas e propostas.

2. A propósito das inacreditáveis palavras de Marcelo ao embaixador palestiniano não faltaram reações de repúdio sobre o seu conteúdo. Porque associar o Hamas a todo o povo palestiniano e aconselhar calma a quem tantos tormentos tem passado nos anos do ocupação dos territórios ilegitimamente roubados por sucessivas hordas de colonos sionistas só pode desprestigiar quem as proferiu.

Não deixa de ser interessante a posição de Pacheco Pereira que, a tal propósito, escreveu: “Se alguém nesta situação, com as pilhas de mortos inocentes atrás, me dissesse que tenho de ser ‘cauteloso, inteligente e pacífico’, eu passava-me certamente.”

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