sexta-feira, 14 de abril de 2023

Almejando uma reinventada geringonça!

 

As esquerdas têm-se sabido pôr a jeito, como António Costa já reconheceu a respeito do seu governo, mas existe uma tal maioria mediática contra elas, que não é difícil adivinhar para onde tenderemos se algum juízo não for imposto nas suas hostes e o atual sectarismo se mantiver como regra. Em vez de cada um dos partidos em causa teimar na maximização das suas posições programáticas, melhor seria que se dedicassem a analisar conjuntamente a situação atual e encontrassem soluções de mínimo denominador comum capazes de satisfazerem muitas das reivindicações dos que integraram a sua maioria sociológica e vêm sendo hipotecados para as ilusões das direitas, quando não mesmo para a raiva frustrada dos que ganham força na exploração dos seus desencantos.

Melhorar os rendimentos dos que vivem num sufoco e organizar serviços públicos, que funcionem eficazmente, seriam as soluções mais eficazes para calar as abominações dos que tudo apostam na agudização de maiores desigualdades e injustiças...

Isto significa que a estratégia dos donos da imprensa em multiplicarem tiros ao alvo às diversas esquerdas só poderia ser derrotada se estas decidissem partir para o contra-ataque redefinindo quem são os verdadeiros inimigos e quais os aliados circunstanciais. Até por não faltarem argumentos para devolver à irrelevância quem sai das respetivas catacumbas para, quais mortos-vivos, virem assombrar o futuro de quem nele não quer perder o direito à esperança...

Aquilo que as sondagens vão denunciando é uma perda de influência do partido do governo sem que, em compensação, nenhum à esquerda pareça com isso beneficiar. O que justificaria que todos, e de preferência em conjunto, refletissem sobre como vencer esta aparente dinâmica de derrota. 

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