A semana começou com as sequelas da surtida policial belga junto de alguns políticos e assessores do Parlamento Europeu para colher provas de corrupção ativa relacionadas com o regime qatari embora, sem sobressaltos, prossigam os jogos do Mundial de Futebol.
Pertencesse a eurodeputada grega Eva Kaili ao Partido Popular Europeu e decerto nada se saberia sobre a sua filiação política. Porém, como estava associada ao Pasok, não faltaram referências a tratar-se de uma “política socialista”. Assim se vai fazendo desinformação favorável à direita e à extrema-direita muito embora se adivinhem presumíveis casos por desmascarar nalguns desses grupos parlamentares.
É essa, aliás, a grande sombra que paira sobre quem faz política nas instituições europeias: tendo em conta os lobistas, que frequentam os seus corredores, não será difícil prever, que novos e tão promissores casos venham a ser revelados nos próximos tempos. Porque bastam as autoridades judiciárias aplicarem-se com seriedade e muitas investigações se justificam em torno de empresas, que estão particularmente ativas no aproveitamento de oportunidades para, legitimamente ou não, multiplicarem os seus lucros.
Vejam-se, por exemplo, as quinhentas empresas francesas, hoje reunidas em Paris, para prepararem os seus negócios na Ucrânia, tão-só ali se iniciem os trabalhos de reconstrução das suas destruídas infraestruturas. Muito embora saibam que, a exemplo do sucedido no Iraque, serão as rivais norte-americanas a abocanharem a parte mais suculenta desse bolo.
No saque em perspetiva o neoliberalismo puro e duro voltará a exibir-se em todo o seu esplendor por muito que o sistema em si, nas suas agudizadas desigualdades e no expectável cenário distópico causado pelas alterações climáticas, dê sinais de estoirar...
Porque é que não publica os comentários?
ResponderEliminarNão dei por nenhum caso, que tenha ficado por publicar. Se é o caso peço as minhas desculpas!
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