Os acontecimentos dos últimos dias revelam a preocupante ascensão de ideologias autoritárias e fascistas a nível global. Não são incidentes isolados, mas manifestações de um padrão que exige a nossa atenção.
Em Lisboa, a agressão neonazi a atores da Barraca, que deixou um deles seriamente ferido, e os insultos racistas e xenófobos a Gouveia e Melo e ao Imã da Mesquita de Lisboa durante a manifestação do 10 de junho em Belém, demonstram a ousadia com que o ódio se manifesta publicamente. Se os defensores desses preconceitos se acoitavam na aparente passividade de não o demonstrarem aos olhos de todos parecem agora perder a vergonha e exibirem-nos na arrogância de quem já se sabe não tão isolado quanto antes se barricavam.
Nos EUA, o cenário em Los Angeles, com a polícia e a guarda nacional a realizar "caça ao imigrante" e a ameaça de prisão ao governador da Califórnia por se opor a Trump, evidencia uma escalada autoritária e o desrespeito pelos direitos humanos.
Por fim, o rapto dos tripulantes do barco de ajuda a Gaza, incluindo Greta Thunberg, sublinha a barbárie de um conflito onde, na Palestina, o fascismo adota o genocídio como estratégia.
Estes eventos, embora distintos, convergem para um alerta global: a normalização do discurso de ódio, a repressão e a desumanização são sinais inequívocos da sombra do fascismo. É crucial que a sociedade e as instituições reajam com firmeza, defendendo os pilares da liberdade e da dignidade humana. A complacência é um perigo para o futuro da nossa civilização. Importa que os bons e os muito bons se juntem aos imprescindíveis numa luta de que estes nunca abdicaram...
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