sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Até que a corda se parta ...

 

A notícia sobre o aumento da mortalidade infantil em Portugal para máximos dos últimos cinco anos vem apenas confirmar o que se espera da ação desta espécie de «governo»: desde 2019, que não se atingira o número de 261 bebés abaixo de um ano de idade, explicando-se esta trágica realidade com a degradação acentuada do SNS nestes últimos oito meses, agravando o desigual acesso aos cuidados de saúde e potenciando as gravidezes mal vigiadas.

Preocupado, sobretudo, em garantir o acesso a empregos no Estado à sua ávida clientela partidária, Montenegro vê outros números demonstrarem a sua indesculpável competência. Não será, por acaso, que, noutro indicador hoje conhecido, se veja a confiança dos consumidores a baixar e a dos empresários a melhorar.  A isto chama-se luta de classes: as classes trabalhadoras veem agravadas as condições de qualidade de vida para que os patrões garantam maiores lucros.

Mas, não falando hoje dos outros máximos históricos sobre doentes graves a esperarem horas nas urgências dos hospitais, gente desabrigada porque as cidades foram vocacionadas para os alojamentos locais, e lojas de pechisbeques associadas, ou dos alunos que continuam sem professores (a pressa que teria o titular da Educação a reclamar novos sucessos depois do pífio resultado da manobra anterior!), resta outro número eloquente: as salas de cinema terão conhecido em 2024 uma subida de espectadores e de receitas. Mas, não com filmes capazes de agitar os abúlicos neurónios dos espectadores: se dantes se enganavam os tolos com bolos, agora dá-se-lhes pipocas e super-heróis, mais uns bonecos animados para as criancinhas, e assim se vai garantindo a sacrossanta paz social tão do agrado de Marcelo, que a crisma de sensatez.

Até ao dia em que a corda se parta e ...

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