A novela sobre o roubo das malas no aeroporto parece uma no ending story com uma enxurrada de pormenores pitorescos sobre a personalidade do neonazi do Chega, que a protagonizou. Mas o aspeto mais esclarecedor reside na caracterização sociológica e (i)moral dos que se acolhem ao partido de André Ventura e do topete com que procuram justificar as suas ações tomando toda a gente por parva.
Verem-se ao espelho equivale a depararem com a tal “bandidagem” de que se dizem férreos inimigos. Nada, porém, que o doutor Freud não tenha identificado ao teorizar sobre detestar-se nos outros aquilo, que mais detestamos em nós. Ou, por outras palavras, é por se saberem muito semelhantes à forma como veem os ciganos ou os emigrantes que, quem se enfeuda ao Chega, aposta em “encosta-los à parede”.
No caso de Arruda o dar-se como culpado durante a investigação policial, e vir depois declarar-se inocente chegando ao ponto de desmentir as provas recolhidas nas câmaras de videovigilância, dando-as como oriundas da Inteligência Artificial, pode demonstrar que tem muita imaginação, mas tino de mentecapto. Mesmo que, enquanto o pau dá a volta antes de lhe dar merecida punição, leve à abjeção ao ponto de insistir em ficar na Assembleia da República, ademais a coberto de uma baixa médica, que já se autoprescreveu numa ofensa à classe médica assim indigitada como cúmplice de criminosos...
¿Y las maletas de Delcy Rodriguez y Abalos, en la españa sanchista de 2020?
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