Infelizmente compromissos inadiáveis impediram-nos de comparecer à grande manifestação, que ontem encheu a Almirante Reis entre a Alameda e o Martim Moniz, mas do que vimos deu para compreender que o povo de Abril voltou a comparecer à chamada e, contra as atoardas e comportamentos racistas e xenófobos, reitera a intenção de nunca mais abrir brechas por onde se infiltrem as serpentes fascistas.
Deu para imaginar a frustração de Ventura ou do gauleiter da outra organização fascista, que o Tribunal Constitucional há muito deveria ter proibido, ao verem-se reduzidos à expressão de uns quantos tristes, que deixaram a descoberto o seu isolamento nos seus locais de concentração. Fazem barulho, têm garantida a publicidade gratuita dos media, mas valem muito pouco socialmente.
Pior que ambos - e sem surpresa! - esteve Montenegro numa renovada demonstração da falta de princípios, que o levam a não distinguir o que é a decência e a torpeza, os valores democráticos (e constitucionais) dos que não o são. Ao querer equiparar os que eram milhares de um lado e umas quantas dezenas no outro, bem tenta vender a falsa ideia de extremos em disputa, mas é ele quem se revela próximo daquele que, dia após dia, mostra ser o seu.
Se, internacionalmente, estamos no tempo das hienas, lá virá aquele em que perderão o sinistro riso e se porão em fuga. Porque, na sua cobardia, voltarão a ter vergonha de se mostrarem como são.
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