Sei que, desde o fim do mandato de Jorge Sampaio, a função presidencial tem sido uma desgraça, primeiro entregue a um sujeito de bafo salazarento, depois a outro de indisfarçável inspiração marcelocaetanista, mas Oh balha-me deus!, que leva António José Seguro a convencer-se da vocação para lhes suceder? No currículo, para lá da estratégia arrivista para chegar à liderança do PS, que fez o protocandidato para julgar-se com qualidades para um cargo, que delas tem andado tão arredado?
Quando ele quis suceder a José Sócrates, preferi-lhe Francisco Assis como mal menor. Depois, quando António Costa sentiu a urgência de impedi-lo do vergonhoso conluio com o passismo, voltei à atividade partidária para dar o contributo no sentido de o apear da liderança socialista.
Porque da vez anterior em que esteve na ribalta, Seguro foi uma tragédia para o Partido Socialista não quero que regresse em forma de farsa. Para isso já bastam Santanas Lopes, o Tino de Râs ou Joana Amarais Dias.
Lembrando a canção do Chico Buarque, afaste-se de nós esse cálice. Ou que ele nos dê sossego calando-se!
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