segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Um discurso galvanizador, um projeto mobilizador

 

Não sou só eu que o digo: Ana Sá Lopes reconhece-o ipsis verbis na peça jornalística, que assina sobre a sessão de encerramento do Congresso do Partido Socialista. Pedro Nuno Santos fez o “seu melhor discurso desde que se candidatou a secretário-geral”.

Aclamado no exato dia em que se cumpriam sete anos sobre a morte de Mário Soares, o novo líder do PS prometeu governar para tornar possível um país solidário, ambicioso e acima da média europeia, apresentando metas concretas para a economia, os salários, a segurança social, a habitação, o SNS, os professores e a escola pública. E arrogando-se da sua mais evidente virtude: a capacidade de decisão. Tendo em conta a antipatia dos portugueses pelo tradicional engonhanço de quem deveria decidir e fazer, essa característica de Pedro Nuno santos poderá influir significativamente no resultado das eleições de 10 de março. Porque, olhando para Luis Montenegro não sobram dúvidas sobre a sua conotação com o tal tipo de gente que fala, fala e...

Outra jornalista do «Público», Maria Lopes, apresentou razões acrescidas para ser-se otimista: a unidade do partido saiu reforçada, o rejuvenescimento das estruturas dirigentes foi um facto e o enfoque na transformação estrutural da economia um projeto mobilizador.

Se se justificaram os remoques de muitos delegados contra Marcelo ou o ministério público - merecedores de um combate acirrado contra a sua perniciosa ação - não deixa de haver pertinência no que Francisco Assis propôs: melhor importa agora garantir a reconciliação da classe média com o Estado Social como forma asizada de neutralizar a ameaça da extrema-direita. Um desafio, que não se cinge às esquerdas lusas, mas com acrescido fundamento, às que devem ganhar esse combate a nível internacional. 

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