segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Alguns figurões & Cª

 

1. Nunca gostei do PAN, que sempre  me pareceu coisa obscura desde quando conheci um dos seus rostos emblemáticos numa ação de divulgação de várias forças políticas com estudantes da Faculdade de Ciências e Tecnologia da terra onde nasci (Monte de Caparica).

Que depois tenha visto essa, depois, eleita deputada pelo distrito a mudar-se de armas e bagagens para o Chega, onde é dada como determinante na condução dos trabalhos parlamentares de Ventura & Cª demonstrou a diferença impercetível entre o que só parecia uma mensagem confusa e se converteu numa de cariz fascista.

Sem surpresa tenho visto a deputada madeirense do mesmo PAN a suspirar para que não haja dissolução da Assembleia depois do escândalo em torno de Albuquerque & Cª. Não admira porque, nas de há quatro meses, só teve 2,25% dos votos, e poderá perder muitos deles com a respetiva sinecura se houver nova chamada às urnas.  Por isso, mais do que pateta, as justificações de Mónica Freitas têm sido patéticas.

Para seu desgosto até um comentador habitualmente circunspecto como David Pontes escreve hoje que “se for coerente” Marcelo dissolverá a Assembleia da Madeira num futuro próximo.

Que ele o não é, temos mais do que provas nesse sentido, o que poria em causa o exercício de previsão política do diretor do «Público». Mas Marcelo também detesta ver-se associado à caracterização dele feita sobre tratar-se de um catavento. E aí poderá acontecer que, finalmente, a corrupta governação laranja no arquipélago madeirense tenha merecido fim.

2. Montenegro, Moedas, Lobo Xavier & Cª apressaram-se a vituperar Pedro Nuno Santos por defender o papel do Estado no desenvolvimento económico. Um falou de visão estatizante, outro olhou-se ao espelho e imaginou o líder socialista a só favorecer os amigos, e o comentador da CNN aludiu ao “estilo soviético”.

Num artigo de leitura obrigatória Ricardo Paes Mamede demonstrou tratar-se de orientação europeia, que Portugal não tem cumprido, e prática corrente em economias tão “socialistas” quanto o são as do Japão, da Coreia do Sul ou dos Estados Unidos. Em suma aquilo que é objeto de crítica pela direita lusa mais não é do que “boa política pública!

3. Em  2022 a Transparência Internacional classificou a Ucrânia em 116º lugar no índice de perceção da corrupção, que aferiu em 180 países. A confirmá-lo mais uma notícia elucidativa nos jornais desta manhã: a descoberta de um  negócio fraudulento de compra de munições (nunca entregues), que terá custado mais de 36 milhões de euros ao Estado ucraniano, e envolvendo cinco altos responsáveis pelo setor da Defesa do governo de Zelenski.

Caso para considerar que Putin não tem o exclusivo da atávica corrupção por aquelas bandas... 

1 comentário:

  1. Verdade. O PAN tomas as posições em função dos tachos . Não há coerência mas o PS tem culpa pois deu demasiado importancia a um partido com um deputado .

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