sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Quando ocorrerá a anunciada crise imobiliária?

 

A ganância pelo lucro fácil, que tem animado «empreendedores«, que expulsaram os lisboetas mais velhos para, nas casas por eles arrendadas, construírem alojamentos locais, ou agora aumentaram despudoradamente os preços dos quartos para os estudantes, que pretendem prosseguir estudos universitários nas principais cidades, leva algumas almas piedosas a criticarem o governo por não conseguirem valores mais justos para quem precisa de habitar na cidade e seus limítrofes.

E, no entanto, não faltam sinais em como as coisas não tardarão a mudar: depois da crise no imobiliário na Suécia ou na Alemanha, quanto tempo faltará para que ela chegue a este cantinho à beira-mar plantado tão evidente é o crescimento da bolha nestes últimos anos só faltando vê-la estoirar? E, quando estudos apontam Portugal como um dos países donde mais facilmente os turistas fugirão à medida, que as temperaturas subirem com as alterações climáticas, quando ouviremos os donos dos esvaziados alojamentos locais a exigirem apoios e subsídios para uma atividade em que têm sido especuladores sem escrúpulos?

Os tempos vão difíceis para quem hoje precisa de arrendar, mas nesta sucessão de marés, lá virá o dia em que faltará procura para uma oferta excessiva. O problema é quantos ficarão irreversivelmente prejudicados nas suas expetativas até suceder a crise anunciada.

Venha então Marcelo - que nunca fez nada que se aproveitasse para o bem dos portugueses - retratar-se do balanço ao absurdo texto com que quis justificar um veto, que só se explica pela desfaçatez com que faz oposição ao governo...

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