domingo, 20 de agosto de 2023

E quando não houver para onde fugir?

 

Que mais será preciso acontecer - aqui com os incêndios, as secas e as inundações, mais além com dimensões superlativas dos mesmos fenómenos extremos! - para aceitar a evidência da urgente mudança de paradigma na organização económica internacional? O capitalismo predador já se revelou parte substantiva do problema sem dele surgir alguma proposta de solução. E procura tornar pior o que já é mau através das forças de extrema-direita, que constituem o último refúgio dos negacionistas.

Precisamos de ver afirmado um ecossocialismo firme, que deixe de se concentrar numa militância de protesto e se faça imparável tendência político-ideológica sobretudo suportada pelos jovens que, dia-a-dia, veem hipotecado o seu futuro. Conquanto esqueçam os falsos paraísos tropicais só alcançáveis à custa de lautos consumos de combustíveis fósseis, os anestesiantes shots nos bares da moda ou os ensurdecedores banzés dos palcos dos festivais de verão.

Querem divertir-se? As ameaças distópicas estão ao virar da esquina e não prometem amanhãs cantantes. Basta olharem para a fotografia de filas de condutores a fugirem de uma cidade canadiana ameaçada pelo fogo para concluírem que não falta muito para que não haja sítio seguro para onde fugir...

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