Foi sem surpresa, que tomámos conhecimento do veto político de Marcelo ao pacote Mais Habitação, que tinha para decidir quanto à sua aprovação. Da Praia de Monte Gordo ele foi pré-anunciando o que decidiria sem mostrar grandes ilusões quanto ao que se seguiria: a aprovação do documento pela maioria parlamentar e a subsequente implementação.
Pérfido na guerrilha, que decidiu organizar contra o governo, ele preparou o ambiente propício para que, nesta segunda-feira, viessem os partidos das direitas, os comentadeiros do costume e os representantes das corporações gananciosas, que têm lucrado com a especulação imobiliária, a falta de casas para alugar e a sua transformação em alojamentos locais, para entoarem um afinado coro, que pusesse em xeque o inimigo de estimação, que sempre tem sido António Costa.
Conseguiu o pretendido? Tenho dúvidas. A sua argumentação foi pífia, não contestando a constitucionalidade do texto limitando-se a fazer de zandinga, desconfiando do sucesso do que resultar da sua prática. Quanto ao coro dos despeitados nada de substancial a acrescentar: multiplicam-se em palavras vãs, porque conta verdadeiramente o que não têm: deputados suficientes para impedirem a confirmação da lei.
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