Num artigo do «Nouvel Observateur», o filósofo francês Marcel Gauchet considera que 1974 é um ano de viragem na sequência do choque petrolífero do ano anterior e da terceira vaga de democratizações na Europa do pós-guerra com a Revolução dos Cravos a servir de ponto de partida emblemático.
Segundo ele a crise de crescimento da democracia tem a ver com a convicção de constituir a democracia o único tipo de regime aceitável. E hoje temos de reconhecer a menorização progressiva da democracia, quer ao nível da deliberação, quer da decisão…
Para o mesmo Rosanvallon o maior problema actual tem a ver com o enfraquecimento do Estado, quer pelos ataques contra ele proferidos pelos marxistas, que o acusam de estar ao serviço dos poderosos, quer dos liberais para quem ele só defende os interesses corporativos dos burocratas.
Retomar a defesa do serviço público é para este filósofo uma tarefa urgente.
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