quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O DIA EM QUE AS CARPIDEIRAS SE CALARAM

Ontem o dia foi farto em boas notícias para o país: Portugal ganhou a eleição das Nações Unidas para integrar o Conselho de Segurança das Nações Unidas nos próximos dois anos. Em futebol, Paulo Bento vai no segundo triunfo consecutivo, ganhando á Islândia em Reiquiavique. No ranking da participação das mulheres no mercado do trabalho, Portugal sobe catorze posições, constituindo um dos países aonde a Igualdade de Género mais está a evoluir. E a companhia do Teatro Meridional é uma das seis distinguidas pelo Prémio Europa das Novas Realidades Teatrais num tipo de reconhecimento inédito para as artes cénicas lusas.
Como dizia Ferreira Fernandes na sua crónica matinal no «Diário de Notícias», ontem não foi seguramente um bom dia para o habitual coro de carpideiras, que tanto se entusiasmam a medinacarreirar.
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Vida fácil não está a ter o actual presidente do PSD: hoje foram os principais banqueiros nacionais quem lhe foram transmitir o recado de se deixar de parvoíces na questão da aprovação do Orçamento para 2011.
Mas reconhece João Paulo Guerra no «Diário Económico» que «com tudo quanto disse e ameaçou, (…) queimou todas as pontes possíveis para uma retirada com dignidade. Voltar atrás é assumir que a política é uma jogatina sem regras nem moral, disputada ao sabor das conveniências.»
O seu futuro não se adivinha, pois, brilhante. É que, como dizia o Jornal de Negócios, «este Pedro, o do PSD, parece o do conto infantil, sempre a avisar do perigo do lobo, que mais tarde o acaba por comer.»
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Quem também não está com vida fácil é Nicolas Sarkozy: em vez de perderem força as greves estão a aumentar em dimensão nas ruas das principais cidades francesas.
O que constitui demonstração bastante para concluir que nenhuma boa solução de pacificação social poderá provir da direita. O ponto de viragem poderá estar a verificar-se nesta altura a nível de todo o continente...
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No Brasil quase toda a imprensa está contra Lula e contra a sua presumível sucessora, Dilma Roussef.
Na «Folha de São Paulo» constata o colunista Jânio de Freitas: «A elite brasileira é extremamente preconceituosa e há uma grande i9nfluência desse preconceito na visão da imprensa quanto ao Lula.
Aquilo que essas elites não lhe perdoam é não escamotear as suas conhecidas origens operárias.

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