De entre os colunistas norte-americanos, que escrevem sobre economia, Jeffrey Sachs é um dos mais interessantes por reflectir pontos de vista muito distintos dessa corrente neoliberal, que causou a crise financeira de há dois anos e está na origem da presente conjuntura de aperto para os mais desfavorecidos.
Num texto agora publicado no «Jornal de Negócios» ele prevê um aumento na crise moral da sociedade norte-americana por efeito da derrota dos democratas nas eleições de Novembro. Porquanto cresce a tendência para, na maior das pseudo-democracias capitalistas se acreditar no direito a usufruírem-se de serviços públicos facultados a nível federal sem para tal se deverem pagar impostos.
Os demagogos, que agora se acoitam sob o chapéu do tenebroso «Tea Party» instilam a ideia de que pagar impostos limita uma suposta liberdade, que é verdadeira para os mais ricos, mas que é negada aos mais pobres. E, no entanto, cresce a percentagem de norte-americanos sem qualquer direito a uma subsistência decente.
Conotando a evolução imoral dos EUA com o crescimento das extremas-direitas em diversos países europeus e com a política segregacionista de Sarkozy, Sachs conclui: «O mundo deve ter cuidado. A não ser que acabemos com as horríveis tendências do dinehiro na política e do consumismo desenfreado, corremos o risco de alcançar a produtividade económica à custa da nossa humanidade.»
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