Têm sobrado motivos de censura perante os atos imorais cometidos nas áreas tuteladas pelos vários ministérios deste governo de direita extremista, que deu violento safanão nos padrões éticos impostos nos oito anos de vigência dos antecessores socialistas. Os casos têm sido tantos, que se atropelam uns aos outros justificando indignações eivadas de um sério risco: anularem-se por irem secundarizando as mais antigas.
É um risco, que sucede com a exoneração de Francisca Carneiro Fernandes, responsável pelo notável papel cultural desempenhado pelo Centro Cultural de Belém durante o ano em curso e, também conhecida pelo trabalho desenvolvido anos a fio no Teatro Nacional de São João.
A sua substituição por Nuno Vassallo e Silva, cuja passagem pela delegação parisiense da Gulbenkian foi confrangedora quanto ao feitio de (não) fazedor, é prova do compadrio, que vigora na tutela de Dalila Rodrigues e por ela tão inabilmente demonstrada quanto a do ladrão a correr pela rua fora e a gritar a quem o vê para apanharem mais adiante quem afinal é ele mesmo.
Não faltaram vogais para acolitarem a ministra em tão soez conduta: um pseudojornalista da revista Sábado e o inevitável João Miguel Tavares vieram aduzir supostos factos, que a realidade se incumbiu de desmentir como com carecendo de um mínimo de verdade.
Dalila encontrou no setor da Cultura o Sansão, a que pretende cercear a força inspiradora. Que lhe correrá mal está-se mesmo a ver: desprezada por quem tem talento criativo e artístico, e censurada por respeitáveis instituições internacionais, Dalila só conseguirá competir com Santana Lopes quanto viermos a lembrar quem pior tem (des)governado tão importante área politico-social, novamente abandonada à mais triste sina como sempre sucede quando as direitas recuperam o pote e se prestam a asfixia-la. Com cunhas e compadrios, que Dalila e os comparsas liderados por Montenegro, tão sobejamente vêm sendo tão pródigos.
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