sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Coniventes com genocidas e o prémio da bajulação

 

1. Não é que surpreenda, mas a sondagem sobre as crianças de Gaza, que, em mais metade das respostas, confessam o desejo de morrerem como forma de se verem livres da sua infelicidade, é apenas uma das provas sobre o crime de genocídio perpetrado pelos israelitas contra si, seus pais e avós.

Haverá quem me acuse de antissemita, mas não percebo como há quem ainda insista em defender quem perpetra crimes desta dimensão e se coloque, objetivamente ao lado de colonos com a mentalidade nazi de olharem gulosamente para terras alheias e as queira suas a pretexto de irem ao encontro do seu Lebensraum, termo hitleriano para justificar propósito similar.

Muitos genocídios terríveis assinalaram o século XX mas, no atual, o dos palestinianos em Gaza é um dos que mais manchará a memória da nossa civilização. E talvez venha a justificar a má consciência de quantos com ele pactuam.

2. Não é que surpreenda, mas a administração da cadeia Pingo Doce esportulou umas migalhas aos que se deixam por ela explorar e ainda agradecem na forma de repugnante bajulação, marginalizando quantos se atrevem a manter-se sindicalizados.

Eis uma boa razão porque reitero, desde o vergonhoso boicote ao feriado do Primeiro de Maio, que nunca mais deixei, nem deixarei, os meus pés pisarem um centímetro desses supermercados.

Frequento outros onde, porventura, a exploração de quem trabalha, não é menor, mas onde pelo menos não os desrespeitam ao ponto de os quererem dividir entre filhos e enteados. É uma atitude básica de higiene cívica.

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