sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Ziguezagueante dizem eles. Prudente digo eu!

 

Compreende-se a intenção das várias televisões em promoverem o contínuo assassínio de carácter contra Pedro Nuno Santos, que sabem não morrer de amores pelos seus donos.

Na fase atual da luta de classes, que não conhece férias nem feriados, os que insistem em ser donos disto tudo anseiam ver facilitadas as estratégias para ainda mais enriquecerem, beneficiando da conjuntura de terem muitos dos potenciais oponentes iludidos com o populismo dos que sabem ser os preconceitos e ignorância os melhores veículos para os envenenarem com os “remédios”, que anunciam poder salvá-los.

Se Joseph Campbell anunciou que não nascemos humanos, neles nos tornamos por conta do nosso saber e experiência, podemos reconhecer que, por falta de cultura e educação, muitos dos eleitores das direitas não passam de bichos afetados por se julgarem detentores de grandes verdades, afinal votando, falando e agindo em proveito dos venturas e montenegros desta vida, e sobretudo dos patrões, que os têm como adestradas marionetas.

Compreendo aquilo que alguns depreciam como um discurso ziguezagueante do líder socialista. Por muito que os princípios o incitassem a vetar o orçamento da AD ele não conhecia a lata caterva de benesses distribuída durante semanas a muitas das reivindicações corporativas, que tinham contribuído para a conspiração de que Lucília Gago apenas se limitou a por a cereja em cima do bolo. E com o dinheiro que Centeno e Medina tanto se tinham esforçado por acumular nos cofres do Estado.

Se com Sócrates os socialistas deveriam ter aprendido, que não vale a pena mimar os patrões para deles se fazerem amar e escapar-lhes à natureza escorpiã, com o governo de António Costa ficou demonstrada a estultícia de acumular reservas para as utilizar em tempo propício porque as direitas se encarregam de as  utilizar em seu proveito, quando sentem as condições de correrem com quem delas se distrai.

Só porque as sondagens demonstram que ainda não é tempo para repetir a receita de Cavaco Silva para alcançar a maioria absoluta é que Montenegro vestiu a falsa farda do negociador e com ela fez por merecer os elogios dos comentadores da sua área política. Por isso Pedro Nuno Santos pode manter-se na expetativa do jogador de poker, que aguarda pelo desenvolvimento do jogo para melhor definir o momento de melhor potenciar as ainda fracas cartas, que tem na mão. Mas sabendo que a discussão do orçamento para 2025 é apenas uma pequena batalha para as muitas, que se seguirão nos próximos meses. Aqueles que confirmarão Montenegro como um hábil manhoso, mas sem a arte política para encontrar soluções para os desafios complexos, que se seguirão.

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