Confesso não ter tido pachorra para dedicar um minuto sequer ao congresso do psd. Se, inadvertidamente, o zapping levou-me a passar por algum dos canais, que o transmitiam em direto, só deu para constatar o quanto encafuada estava aquela gente, nenhuma semelhança havendo com o aspeto dos do PS tal qual o confirmei no mais recente organizado no pavilhão da FIL do Parque das Nações. Enquanto uns arejam ideias nos espaços amplos em que a grandiosidade é evidente, outros acoitam-se nas pífias certezas numa coisa tão estreita quanto simbólica do seu pensamento.
Não custa, porém, a acreditar que o “querido líder” laranja terá confortado a ilusão de ser alguém importante, e até deter algum poder. Mas depois deste lhe ter ido cair às mãos por obra e graça de Lucília Gago e Marcelo, não sentirá o arrepio de todo o castelo de cartas cair fragorosamente, quando já não tiver mais anúncios manhosos para enganar os incautos? Conseguirá evitar o passeio a dois por que Ventura tanto anseia para lhe ferrar a mordedura de escorpião?
Volto amiúde ao Alexandre O’Neill, quando, desgovernado pelas direitas, o país fica reduzido ao seu diminutivo. Mas bom juízo parece-me ter tido o Pedro Nuno Santos quando, a contragosto, deu a Montenegro o tempo bastante para ver demonstrada a evidência de bom político não ser aquele que apenas faz papel de falso habilidoso. Atrás destes tempos outros virão, porventura com as esquerdas europeias finalmente convencidas da necessidade de serem, de facto, socialistas e não apenas conciliatoriamente social-democratas...
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