domingo, 27 de outubro de 2024

Quando a liberdade de imprensa se vai degradando

 


Para quem ainda entende vivermos numa Democracia, que deve dar lições aos Brics, basta ver como a comunicação social vai ficando manietada naquilo que era o conceito de liberdade de imprensa: de além-Atlântico vem o exemplo do dono da Amazon e do Washington Post, que proibiu o apoio do jornal a Kamala Harris, secundado igualmente pelo do também influente Los Angeles Times, que deu igual instrução à sua direção editorial. Num e noutro caso com veemente protesto dos jornalistas que, nalguns casos, não viram outra alternativa senão a de despedirem-se.

Por cá esse tipo de orientação também foi evidente nas televisões: por exemplo na SIC afiançava-se, sem pingo de vergonha, que quer a manifestação da Avenida da Liberdade, quer a dos bandidos do Chega, tinham a participação de “centenas” de pessoas. Ora, basta olhar para as fotografias de um e outro evento e conclui-se facilmente que, se no primeiro desfilavam milhares de pessoas, no segundo elas quase se contavam pelo número de deputados do partido que a convocara.

Daí a importância de divulgar essa comparação testemunhal do ocorrido: porque se de um lado desfilavam as forças vivas da sociedade civil, que defendem os valores democráticos e constitucionais, do outro amparavam-se os zombies saídos das catacumbas para aferroarem-nos o dente das suas pérfidas conceções.

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