terça-feira, 15 de outubro de 2024

Desabafo de um velho militante

 

Não faltando muito para que cumpra quatro décadas de militância no Partido Socialista já nada me espanta quanto à tendência de existir nele uma permanente ebulição interna em que uns assumem a liderança e outros esforçam-se por a derrubar.

É isso que constitui a identidade do Partido e até a sua vitalidade. Mas, se na altura da minha entrada no PS o sótão de Guterres constituía conhecida referência para então pôr em causa a tíbia liderança de Constâncio, não me recordo de uma tão nefasta conjunção de tomadas de posição públicas dos detratores de Pedro Nuno Santos, quando estão em causa as negociações sobre o OE2025.

Porque Assis, Beleza e Cª não são propriamente inocentes meninos de coro que não têm plena noção de quanto coartam o secretário-geral na estratégia de afirmação como líder da oposição dando o ensejo às direitas comentadeiras de apresentar versões pouco lisonjeiras sobre o seu perfil e partido.

Pedro Nuno Santos bem pode ter presente aquela invocação popular sobre a ajuda divina quanto aos amigos, porque dos inimigos é ele bem capaz de cuidar. Depois de, no final de 2015, se terem conseguido acantonar os que pretendiam transformar o PS numa muleta da direita passista, eis que os mesmos voltam a perorar para, com a ajuda da comunicação social, enfeudada à direita, prosseguirem no seu nefasto papel. 

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