sexta-feira, 14 de junho de 2024

Perguntas de um operário letrado (II) - A banalização do mal enquanto modelo para o seu minguar?

 

Será assim tão inovadora a tese do investigador Vicente Valentim sobre o fim da vergonha, que terá guiado a extrema-direita à dimensão atual e, a seu ver, assente em três etapas - a da latência, a da ativação e a da revelação?

De facto esta direita cavernícola sempre existiu no CDS, no PSD e, pasme-se!, até nalguns setores do Partido Socialista, conforme me foi dado ver na provecta militância em que tenho participado nos últimos trinta e muitos anos.

Normalmente, dizem-nos processos equiparáveis que, quando alguém sai do armário, e decide-se mostrar genuinamente como é, a notícia esgota-se nessa terceira etapa da dinâmica em causa. Quando se normaliza não acabará banalizada e, enquanto tal, perder a importância (eleitoral) de ter sido uma (má) novidade? Terá Daniel Oliveira razão, quando se questiona sobre a possibilidade de termos de chegar a este ponto para algo de novo irromper à esquerda, ou nela repetir-se (se pensarmos na Geringonça)? 

1 comentário:

  1. Tretas. Muitos dos que dizem ser extrema-direita são apenas conservadores nacionalistas. Mas dá jeito, cria tabú: nesses nunca!
    Melhor seria olhar para o papel dos partidos de centro-esquerda no crescimento desse partido. Comece pelo PS, o tal da ética republicana e de quem é que ele é filho. O PSD até pode ser mais à direita, mas o PS é mais partido de classe, de uma certa burguesia citadina. Olhe, vão ganir para o Galito ou, se ainda existir, o Solar dos Presuntos.

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