domingo, 16 de junho de 2024

Para acabar de vez com esta falsa ideia de Democracia

 

Uma das maiores mistificações há muito vendidas pelo espaço mediático é qualificar os Estados Unidos como um país democrático.

Na realidade a única diferença entre as eleições aí organizadas e as que consolidaram Putin na condução da Rússia nos próximos anos é tratar-se de uma farsa melhor organizada, porque só uma elite muito restrita consegue fazer-se candidatar tendo em conta a forma como aí se financiam as campanhas eleitorais, ou como Einstein tinha razão ao alertar para a impossibilidade de criar uma opinião pública informada sendo os meios de comunicação exclusivamente detidos pelos mais ricos.

O que faz convergir Biden (ou Trump) com Putin ou Xi Jinping é todos eles terem por, exclusiva preocupação, expandirem os interesses dos respetivos oligopólios por mercados mais alargados. E isso nada tem a ver com os governos do povo, pelo povo e para o povo, baseados na lógica do voto de todos os cidadãos, porque o estado atual das coisas só os mais ricos realmente aproveitam.

Capitalismo de corporações ou de Estado não é conceito que consiga conjugar-se com o tipo de Democracia, de que tantas marionetes mediáticas pretendem convencer-nos ser aquela em que vivemos. A nossa, a verdadeiramente democrática, nada tem a ver com a liberdade e ganância dos donos dos mercados, mas com a preocupação em garantir um mundo sustentável em que as gritantes desigualdades se tornem obscenas. E essa utopia realista chama-se socialismo no modelo já tantas vezes ensaiado e frustrado, mas que terá de encontrar arte de se afirmar como única solução para evitarmos as distopias para que, ingloriamente, parecemos avançar... 

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