quarta-feira, 12 de junho de 2024

Perguntas de um operário letrado (I) - Polícias, marcelices, cataventos e casmurices

 

1. Segundo a crónica da Carmo Afonso a polícia destacada para intervir nas altercações entre neonazis e antifascistas junto ao Padrão dos Descobrimentos foi pródiga em cumprimentos aos primeiros e agressões aos segundos.

Haverá forma de erradicar a infiltração da extrema-direita nos corpos policiais?

2. Marcelo anda cada vez mais empenhado em assumir-se como sabíamos que era: um infiltrado nas instâncias do poder para sabotar as esquerdas e aí possibilitar o acesso das direitas.

Ao escolher Pedrógão como local para as comemorações do Dia de Portugal não terá havido a intenção de sugerir evocações subliminares em quem já quase esqueceu essa tragédia ocorrida no primeiro quadriénio de António Costa como primeiro-ministro?

3. Caricata a atitude dos que assistiram à declaração com que Montenegro procurou desviar as atenções da derrota eleitoral, que acabava de ter: depois de assobiarem o nome de António Costa como ódio de estimação não expressaram entusiástica aclamação, quando o orador anunciou o seu apoio à presidência do Conselho Europeu?

O que se deverá concluir sobre tão volúveis cataventos?

4. Para muitos comentadores Pedro Nuno Santos estaria preso no seu labirinto: poderia ganhar as próximas eleições, mas sem ter nas restantes esquerdas a força bastante para formar nova geringonça.

Perante o exemplo espanhol, e o que se prepara em França, não seria altura das várias esquerdas, incluindo a comunista, alinharem nos máximos denominadores comuns para diminuírem o valor de uma fração, que tende a reduzir-lhes ainda mais a influência?

 

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