quarta-feira, 19 de junho de 2024

If I were a rich man!

 

Imaginemos que eu era um dos empresários, que compareceram à conferência promovida pela Fundação Luso-Americana, e ouvia as explicações de Pedro Nuno Santos sobre os objetivos de se selecionarem os investimentos passíveis de criarem maior valor e enquadrados numa urgente necessidade de reindustrialização do espaço europeu que escapem à tentação das potências mais fortes para os cingirem ao eixo Milão-Toulouse-Hamburgo.

Perante o pensamento estruturado e visionário do líder socialista teria de o comparar com a pobreza argumentativa de um Montenegro para quem sobra crendice suficiente para suspirar pela “mão invisível” capaz de multiplicar euros à conta do saturado turismo e da redução do IRC.

Voltando à velha metáfora da roda mandante e da roda mandada, as direitas - todas elas, mais ou menos extremas na assumpção da cartilha neoliberal! - abrem janelas privatizadoras do que ainda resta, sem cuidarem se por elas irromperão bons ou maus ventos. Limitam-se a acreditar no pensamento mágico de serem os mais benignos.

Ao contrário Pedro Nuno Santos propõe comandar o que se abre ou fecha, sempre num lógica de trabalho conjunto com quem tem projetos para lançar ou desenvolver negócios, que potenciem o PIB, o emprego e os rendimentos dos que para eles virão a trabalhar.

Apesar de, tendencialmente, a condição de empresário me inclinasse para as direitas, a sua falta de sensatez empurrar-me-ia para onde, mais racionalmente, viria a colher benefícios. Mas isso sou eu a imaginar o que deveria idealmente pensar quem é tão diferente de mim...

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