domingo, 2 de julho de 2023

Bem precisados andamos de quem repense o Manifesto

 

Em França ardem carros e vandalizam-se lojas a pretexto do assassinato de um adolescente por um polícia, que o atingiu intencionalmente como as imagens colhidas por quem estava perto não permitem duvidar.

Uma vez mais, de além-Pirenéus, vêm evidências quanto à possibilidade das nossas organizadas sociedades ficarem distópicas por razões, que continuam a encontrar as devidas explicações nos textos de Marx e de Engels.

Agudizam-se as desigualdades e as revoltas crescem, embora careçam - a exemplo de muitas de há dois séculos! - da tal direção, que levou os filósofos alemães a conjeturarem o manifesto para a criação do partido destinado a encarreirá-las na direção mais eficaz.

Hoje as organizações, que emergiram dessa proposta ideológica, ou desapareceram, ou enredaram-se em pantanosas condições, muito por conta dos péssimos exemplos de quem delas se reclamaram. Mas que o futuro exige a recriação de algo com os mesmos objetivos, adaptado aos novos tempos em que as redes sociais desempenham tão relevante papel, não sobram grandes dúvidas. Até porque, também uma vez mais, comprova-se a total inépcia social-democrata perante a ascensão dos fascismos...

E, se associarmos a emergência climática, aos imperativos ideológicos desse futuro próximo, não falta abrangência a quem deles se possa vir a reclamar...

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