quinta-feira, 22 de abril de 2021

Autoflagelações, demagogias, coragem e irresponsabilidade

 

Militantes e eleitores socialistas estão-se nas tintas para exercícios de autoflagelação a respeito de um passado governativo de que há quem tente apagar o muito que de positivo comportou. Para desgosto das direitas e de Ana Gomes a direção do PS deixa-as a falar sozinhas.

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Incomoda-me a violência verbal de alguns agentes culturais contra o governo. Na história da democracia, quando é que o setor teve mais apoios e mereceu maior atenção de quem governa? Foi com governos socialistas ou com os das direitas? E, no entanto, é contra este que se viram!

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A demagogia sobre o enriquecimento ilícito dos políticos continua a encontrar quem a compre sem juízo crítico. Se, pelo contrário, procurassem quem beneficia desses esquemas e transfere milhões para paraísos fiscais o país ficava a ganhar muito mais...

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Merecido o elogio de Daniel Oliveira: Ivo Rosa demonstrou seriedade e coragem. Porque ninguém tem razões para crer que o não fez por imperativo pessoal e de acordo com as suas inequívocas convicções. Ignorando o alarido dos muitos justiceiros de trazer por casa...

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Em França soam alarmes para a possibilidade de Marine Le Pen chegar ao Eliseu. E as diversas esquerdas agem com o sectarismo de identificarem o inimigo principal no seu campo em vez de verem onde verdadeiramente está. Será que as nossas aprendem alguma coisa com esse (mau) exemplo?

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A hipótese de uma geringonça alemã ganha consistência à medida que a direita se disputa internamente quanto a quem a liderará nas próximas eleições. Embora me desagrade a ambiguidade dos Verdes decerto os preferirei a liderarem a chancelaria que um dos sucessores de Merkel.

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