Eduardo Catroga, que se responsabilizou pelo programa económico do PSD, foi mandado para férias depois de uma semana de atitudes lamentáveis, que justificaram a crítica justa doutro Eduardo (Ferro Rodrigues): Neste PSD sobram os ataques pessoais e falta clareza de ideias!
Para além do lamentável episódio dos pentelhos, Catroga revelou-se assaz inconveniente, quando estabeleceu para o primeiro-ministro e para o povo português, que nele tem votado, comparações inaceitáveis. Comenta Fernanda Câncio a tal respeito no «Diário de Notícias»: o indivíduo Catroga não se limitou à sordidez de comparar Sócratesa Hitler; insultou de igual modo a democracia e os portugueses, o que lhe deveria valer reacções indignadas de todos os quadrantes. Mas não: a menos de um mês das eleições, parece aceitável a todos os adversários do PS sugerir-se que a maioria que elegeu o governo em funções é uma cambada com simpatias nazis e que a democracia portuguesa é outra palhaçada.
Não admira assim o teor da notícia de hoje no mesmo jornal: Direcção do PSD respira de alívio por o coordenador do programa eleitoral do partido ter ido de férias.
E conclui Nuno Saraiva: Eduardo Catroga tem 69 anos e muitos cabelos brancos. (…) Mas isso, era o que faltava, não pode servir de caução para que diga todos os impropérios e produza os mais variados insultos que lhe vierem à cabeça só porque lhe apetece. Ou, como é moda dizer-se, porque é politicamente incorrecto e é um livre pensador.
De episódio em episódio o PSD vai descendo nas sondagens e vê cada vez mais afastada a possibilidade de voltar ao poder ao fim de tão ansiosa espera. É que o tal pote, que julgava cheio, está tão vazio, que tantos erros sucessivos dão que pensar: será que os seus estrategas eleitorais são só incompetentes ou receberam a incumbência de convencer os eleitores a votarem novamente em Sócrates enquanto as finanças não se reequilibrarem?
Questão que fica por responder...
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