Na mesma revista Philippe Sollers voltava a Sun Tzu e à sua prodigiosa arte da guerra, para evocar alguns dos ensinamentos fundamentais a assumir no confronto anunciado com os nossos inimigos de hoje: Capaz, pareça incapaz; se pronto para o combate, não o deixe assim entender; se está próximo, pareça distante; se distante pareça bem mais próximo; atraia o adversário pela promessa de uma vantagem; apanhe-o na armadilha fingindo uma barafunda; se ele se concentrar, defenda-se; se ele está muito forte, evite-o; se em cólera, provoque-o; se humilhante, excite essa convicção; se bem disposto, fatigue-o, se unido, semeie nele as divisões.
Não sobram dúvidas que, à frente do Partido Comunista Chinês, Mao Zedong foi um fiel executante desta filosofia guerreira. Que os seus actuais sucessores se esforçam por continuar a imitar. E, como aspiramos aos mesmos sucessos, será bom interiorizarmos, que a guerra contra o capitalismo não é, de facto, um convite para jantar e exige um sentido estratégico, que não exclui os golpes baixos. Até porque as classes dominantes não se privam de os aplicar sempre que podem...
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