Vamos para eleições de imprevisíveis resultados.
Se estivéssemos em tempos idos, quando a ética política importava, quer a Aliança Democrática, quer o Chega, seriam fortemente penalizados pelas notícias das semanas mais recentes. E, ao mesmo tempo, o Partido Socialista receberia o prémio de ter alterado a situação económica e social do país, equilibrado as finanças públicas e criado um superavit, que este (des)governo desbaratou com a satisfação de umas quantas reivindicações corporativas. Acresce que, tendo-se agravado ainda mais a crise na habitação, na saúde e na educação, importa valorizar quem estava a implementar soluções, que o quadro eleitoral de há um ano veio cercear.
Não estamos, porém, em tempos normais: o domínio da comunicação social e a atuação de uns quantos infiltrados no ministério público, têm facilitado às direitas a sua ação propagandística, desenvolvendo um rol de mentiras, que têm afastado os prejudicados com as suas politicas - a grande maioria do eleitorado - de quem melhor os pode defender. É essa perversão, que perspetiva a ingovernabilidade de um país, que parecia destinado a melhor futuro, quando o governo socialista detinha a maioria absoluta.
Nas eleições de maio estaremos perante um dilema: ou os portugueses querem continuar a ser manipulados por quem deles faz idiotas úteis para as suas gananciosas agendas, ou reorientam-se para recuperar aquele que foi o período mais esperançoso da sua vida recente, aquele em que as esquerdas convergiram e pareceram capazes de marginalizarem as direitas para o histórico caixote de lixo correspondente à das suas menos valias.
Por agora aposto na tripla!
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