Não é que me saiba a tanto, mas a proposta de Orçamento de Estado para 2024, também não me sabe a pouco, porque contempla, dentro dos possíveis, a tal temperança de que falava Mário Centeno dias atrás, quando expunha os condicionalismos que as circunstâncias externas impõem nesta altura.
Desconhecemos se essa prudência, que orienta o documento dentro da estratégia das “contas certas” bastará para nos colocar debaixo de eficaz chapéu-de-chuva se a tormenta se intensificar, mas reconheça-se-lhe a intenção de evitar o delírio de Durão Barroso que, perante a crise do subprime na segunda metade de 2007, mandou gastar euros a rodos.
Sócrates, que lhe seguiu o conselho, pagou os custos da sua credulidade, enquanto Passos Coelho seria o oportunista de serviço para aproveitar da situação sem qualquer escrúpulo.
Porque todos os simuladores dos vários jornais demonstram que, para pior já basta assim, se o melhor não vier efetivamente ao nosso encontro. E nenhuma das oposições mostra-se credível em dizer-se capaz de fazer melhor.
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