1. No «Público» de hoje, Ricardo Paes Mamede questiona o conceito de “contas certas” e dá uma perspetiva curiosa de como vê a estratégia orçamental do governo: “é como uma pessoa a quem chove em casa mas não faz obras. Chamar a isto ‘contas certas’ é um pouco absurdo”.
Confesso que não tenho ainda uma opinião definitiva sobre o assunto, sobretudo por não ignorar as vantagens de ver o país bem classificado pelas agências de rating internacionais, por mais que as saiba meras ferramentas dos interesses capitalistas, mas a forma como estão a saúde, o ensino ou a habitação, tornam pertinentes as palavras do professor do ISCTE.
2. Paddy Cosgrove nunca me despertou simpatia e pouco me interessei pelos eventos por ele organizados em Lisboa nos últimos anos. Confesso até que a memória se cinge aos desempenhos patéticos de Marcelo, quando neles discursou. Mas sabê-lo vítima da coligação entre o regime sionista e as grandes multinacionais das novas tecnologias de informação por ter dito umas suaves palavras - “Os crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados.” - não deixa de justificar a apreensão por vernos o mundo tão virado do avesso que todo o ocidente parece consensualizar-se numa intransigente defesa dos crimes horrendos que Israel tem cometido contra os palestinianos nos últimos 75 anos, e agora subalternizados pelos cometidos pelo Hamas no dia 7 de outubro.
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