segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Chuva em casa degradada e os conluios com o sionismo

 

1. No «Público» de hoje, Ricardo Paes Mamede questiona o conceito de “contas certas” e dá uma perspetiva curiosa de como vê a estratégia orçamental do governo:  é como uma pessoa a quem chove em casa mas não faz obras. Chamar a isto ‘contas certas’ é um pouco absurdo”.

Confesso que não tenho ainda uma opinião definitiva sobre o assunto, sobretudo por não ignorar as vantagens de ver o país bem classificado pelas agências de rating internacionais, por mais que as saiba meras ferramentas dos interesses capitalistas, mas a forma como estão a saúde, o ensino ou a habitação, tornam pertinentes as palavras do professor do ISCTE.

2. Paddy Cosgrove nunca me despertou simpatia e pouco me interessei pelos eventos por ele organizados em Lisboa nos últimos anos. Confesso até que a memória se cinge aos desempenhos patéticos de Marcelo, quando neles discursou. Mas sabê-lo vítima da coligação entre o regime sionista e as grandes multinacionais das novas tecnologias de informação por ter dito umas suaves palavras  - “Os crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados.” - não deixa de justificar a apreensão por vernos o mundo tão virado do avesso que todo o ocidente parece consensualizar-se numa intransigente defesa dos crimes horrendos que Israel tem cometido contra os palestinianos nos últimos 75 anos, e agora subalternizados pelos cometidos pelo Hamas no dia 7 de outubro.

É aliás um professor israelita de direito internacional, Neve Gordon, que constata o óbvio: "Em vez de pedir o fim da violência, a Europa empurra Israel para continuar".

Sem comentários:

Enviar um comentário