domingo, 8 de outubro de 2023

Perigosas loucuras conspirativas

 

Não sei se os extremistas, que interromperam uma missa durante as Jornadas Mundiais da Juventude ou, mais recentemente, a apresentação de um livro destinado a uma público infantil, pertencem ou não ao Qanon, movimento trumpista com disseminação internacional, que cré num Grande Despertar ou Tempestade para “libertar” o mundo duma suposta conspiração esquerdista com características “satânicas” e “pedófilas”.

Confirmou-se, ainda assim, a existência entre nós de estranha gente capaz de traduzir violentamente as suas conceções, que pareceriam apenas do foro psiquiátrico e criminal, mas tornaram-se inegavelmente políticas. Sobretudo, quando surgem como cogumelos organizações com peso eleitoral, que expressam perspetivas influenciadas por esse movimento nos parlamentos de vários países, se não mesmo ao nível de topo, como sucedeu com a Austrália onde um ex-primeiro-ministro, Scott Morrison, era amigo muito próximo de um dos seus principais apaniguados.

Quando julgaríamos que, mesmo com ideologias de direita, os partidos seriam capazes de manter um certo nível de sensatez, verificamos com os republicanos de Trump, que conseguem derivar para tão estapafúrdias teses quantas as que movimentaram hordas de nazis em prol de um almejado mundo arianizado.

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